O mundo tem dois tipos de pessoas, sempre. Estes e aqueles. Os que gostam e os que não gostam. Os que fazem e os que não fazem. Em tudo: dois lados.
Hoje, ao caminhar pelas ruas, reparo que esses dois lados estão mesmo em todas as circunstâncias, momentos, situações.
Dois tipos de caminhantes, nas ruas desta como de qualquer outra cidade. Sim. Os que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam e os outros. Sim isso. Podes reler. Os que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam e os outros.
Posso tentar dar uma imagem (mas não há nada mais eficiente do que ir para a rua e ver) ou caminhas em frente e quem se cruza contigo contorna-te, desce e sobe passeio, cede passagem, ou és o outro.
Podes não ser sempre o mesmo. Claro que podes. Mas ao mesmo tempo não. Ou és o que cede ou és o que faz ceder. Sim. Na rua. Simplesmente na rua. No simples acto de caminhar.
No mesmo instante ou és um ou outro. Escolhes e és.
Estranho? Não.
Simples. Ou és ou não és. Pelo menos naquele momento.
Uma coisa acho que todos partilhamos: quando somos o outro não achamos piada nenhuma aos
que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam.
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