Palavra repetida, demasiado repetida.
Palavra presente e repetida, no dia a dia, na escrita, nos sonhos, nos desassossegos, nos apegos e nos desapegos.
Tempo. Falta de tempo. Tanto tempo.
Foi há quanto tempo?
Falta quanto tempo?
Tempo. Será que tenho tempo? Tão pouco tempo.
Tempo. Tempo. Tempo.
Repetidas vezes, demasiadas vezes.
Hoje, páro.
Agora, plena manhã, com Sol e frio, mas com SOL.
Páro, com ou sem tempo, crio-o. Crio o tempo necessário para escrever. Para sentir e escrever.
Talvez isso não signifique parar, mas no quotidiano agitado, stressado e inquieto, escrever durante uns minutos significa, para tantos, parar. Não sei concordo nem sei se discordo. Mas também não me quero alongar sobre tal assunto.
Eu preciso de tempo para escrever e terei de o ter sempre.
Eu preciso de escrever, para ter tempo para conseguir viver, e terei de escrever sempre.
Eu preciso de te dar tempo para sorrires e sentires que partilhar, comigo, o sorriso, é tão bom.
Eu preciso de acreditar no tempo, na espera, no "vai chegar".
Eu preciso de desacreditar que o tempo é importante, para me libertar dele, e não apenas do relógio.
Eu preciso de ter tempo.
Eu preciso de não ter tempo.
Tempo. Falta de tempo. Tanto tempo.
Foi há quanto tempo?
Falta quanto tempo?
Tempo. Será que tenho tempo? Tão pouco tempo.
Tempo. Tempo. Tempo.
Repetidas vezes, demasiadas vezes.
Hoje, tal como ontem, tempo.
Hoje tempo de sonhar com o amanhã.
Hoje tempo de ter saudades.
Hoje tempo para escrever.
Hoje apenas escrever, porque isso não é tempo.
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