Escreveria sim sobre o canto da gaivota que me eleva para um lugar mágico...
Escreveria sim.
Mas hoje permito-me 'apenas' desfrutar da sua campanhia na minha caminhada.
Hoje permito-me desfrutar da sua musicalidade.
Escreveria sim sobre o canto da gaivota que me eleva para um lugar mágico...
Escreveria sim.
Mas hoje permito-me 'apenas' desfrutar da sua campanhia na minha caminhada.
Hoje permito-me desfrutar da sua musicalidade.
Não gosto de rodoviárias, do cheiro das rodoviárias.
Não gosto de frio.
Não gosto de gente chata.
Não gosto de problemas, e menos ainda quando os inventam onde eles não existem.
Não gosto que anoiteça cedo.
Não, não gosto.
Gosto de sol.
Gosto do verão. Gosto de dias compridos.
Gosto de caminhar.
Gosto de silêncio, gosto de gostar e conseguir apreciar o silêncio.
Gosto de ler.
Gosto de ter tempo para mim.
"Uma caminhada por dia não sabe o bem que lhe fazia"
Tem sido assim nos últimos tempos e é tão bom caminhar e usufruir de forma intensa da paisagem.
Gosto de simplicidade.
Gosto do poder e da intensidade das coisas simples.
Gosto de gostar.
Gosto de dias em verão.
Gosto de perceber que gosto de relógios, mas já não sou tão escrava em tempo.
Gosto de ler.
Gosto de estar aqui.
Gosto. Gosto. Gosto.
Será que conseguimos ler as pessoas pelo seu cartinho de compras do super ou hiper mercado?
Talvez.
Talvez sim.
Talvez não.
Talvez apenas saibamoa ler a coincidência da pessoa, com o dia e o local. Talvez seja isso, sobretudo, ou quase sempre. Mas mesmo assim, é curioso.
Areia de gato? Tem um gato.
Comida para gato bebé? Tem o gato mas pequeno.
Muitas cervejas? Bebe.
Ou...
A amiga pediu para ela lhe comprar areia de gato uma vez que ia buscar as cervejasmpara verem o jogo juntos, e acabou por levar uma comida para o gatinho.
Será?
Gosto de caracóis.
Gosto de esplanada com caracóis.
Gosto de esplanada com caracóis, sumersby e boa companhia.
Gosto de petiscos.
Gosto de rever lugares onde me sinto em casa.
Gosto de sol. Gosto do cheiro a protector solar.
Gosto de cabelo à solta.
Gosto do som da raquete na bola.
Gosto das pessoas na rua.
Gosto de caminhar.
Gosto de chegar.
Gosto de vesir o pijama, depois do banho.
Gosto do conforto.
Gosto.
Corre. Corre tempo.
Galopa sem pedir autorização.
Corre. Corre.
E o tempo voa. Mas o coração acalma.
Corre o tempo.
Acelera o coração.
Tranquiliza a alma, neste anoitecer já primaveril.
Gosto de ténis.
Gosto de correr, de fazer a direita e a esquerda.
Gosto até de fazer mal feito, para fazer de novo, melhor.
Gosto de voltar à raquete.
Gosto.
Gosto muito.
Há bons momentos, ternos, tranquilos, genuinos,
Obrigada por esses momentos, fazem bem.
Há há surpresas doces e amorosas, que nos fazem sentir que podem haver sentimentos eternos, incondicionais.
Obrigada por essa surpresa, aconchega muito.
Há mudanças. Há falta. Há dor.
Há perguntas. Porquês.
Há nao entender. Questionar.
Mas há amor, esse permanece se quisermos... sempre.
Há momentos muito felizes, que me fazem esquecer e apaziguar dores e sarar feridas.
Gosto de caminhar.
Gosto de caminhar, com sol.
Gosto de encontrar pessoas simpáticas.
Gosto de me sentir em casa, nos lugares que nos fazem bem.
Gosto.
Há palavras, duras, cruéis, dolorosas.
Há silêncios, intermináveis, insustentáveis, dolorosos.
Não prefiro nenhuma dessas hipóteses.
Melhor de Mim
Mariza
Hoje, a semente que dorme na terra
E se esconde no escuro que encerra
Amanhã nascerá uma flor
Ainda que a esperança da luz
Seja escassa
A chuva que molha e passa
Vai trazer numa gota amor
Também eu estou
À espera da luz
Deixo-me aqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passar
É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem ver
Acreditar!
É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre me iluminar
Quebro as algemas neste meu lamentoSe renasço a cada momento
Meu o destino na vida é maior
Também eu vou
Em busca da luz
Saio daqui
Onde a sombra seduz
Também eu estou
À espera de mim
Algo me diz
Que a tormenta passará
É preciso perder
Para depois se ganhar
E mesmo sem verAcreditar!
É a vida que segue
E não espera pela gente
Cada passo que dermos em frente
Caminhando sem medo de errar
Creio que a noite
Sempre se tornará dia
E o brilho que o sol irradia
Há-de sempre nos iluminar
Sei que o melhor de mim
Está para chegar
Hoje há flores.
Flores brancas. Simples.
Flores brancas. Cravos.
Flores. Aroma. Simplicidade.
Porque às vezes tudo parece difícil, e talvez não seja tanto se nos deixarmos levar no aroma de uma pétala branca.
Hoje há flores.
Porque nas flores há simplicidade e aconchego.
Não gosto que me digam que fazem, e não façam.
Não gosto que prometam.
Não gosto que não cumprem quando prometem.
Não gosto de vento forte.
Não gosto de batata mal cozida.
Uma escolha, por amor.
Depois do livro? O filme.
Até já:-)
Hoje o dia foi longo e chuvoso.
Nem todos os dias chuvosos têm de ser longos e cansativos, inquietantes e intensos? Não, não têm. Mas este foi.
Apesar da dimensão do dia - sim não pareceu ter as mesmas horas -, permito-me ainda fazer alguma reflexão.
# Nos momentos difíceis, verdadeiramente difíceis e dolorosos, são sempre tão poucos os amigos. A vida condiciona? Eu sei. Mas são sempre menos nos momentos de dor.
# Há mais pessoas para apontar, do que para nos abraçar. A vida condiciona? Eu sei. Mas são sempre tantos os que apontam.
# Todos estamos, por vezes, de ambos os lados.
Estive nos dois lados.
Mas estive do lado dos que estão, mesmo quando os outros não estão. E isso é só metade. Mas foi o que consegui,
Obrigada.
Obrigada pelo Sol.
Obrigada pela tranquilidade.
Obrigada pelo caminho, pelo passeio de bicicleta, pelo vento no rosto, pelas pedaladas insistentes na subida.
Obrigada.
Obrigada pela companhia.
Obrigada pela chuva a atrasar o dia, mas a proporcionar o momento junto.
Obrigada por conhecer o 728 que sei me vai levar a Belem.
Obrigada.
Hoje não peço. Agradeço.
Estou grata.
Obrigada.
Respeito.
Palavra-chave na relação com o Próximo, seja ele quem for.
Respeito.
Palavra-chave a nossa relação com o nosso próprio Eu.
Respeito.
Palavra-chave na formação, na identidade, no crescimento.
Não suporto que isto não seja óbvio para todos.
Inquieta-me que haja algum ser que ache que pode pôr e dispor do outro, desrespeitando-o a ele e a todos (por efeito borboleta).
Adoro remar contra a maré.
Respeito-me.
Respeito-te.
Respeito.
Gosto de sol.
Gosto de sol, gosto muito.
Adorei reve-lo, energético, revitalizante, em viagem para casa.
Obrigada.
Podes continuar connosco Sol?
Não gosto de tanta chuva.
Não gosto de dias pequenos.
Não gosto do favas.
Não gosto de grelos.
Não gosto do trânsito de Lisboa.
Não gosto de gente que acha que é mais do que os outros.
Não gosto que não me respondam às sms.
Não gosto de atrasos.
Não, não gosto. Mesmo.
Gostei de ver A VIAGEM DE ARLO. Aconselho a reflexão.
Adorei ver A QUEDA DE WALL STREET. Real e assustador sabercomo tudo se constrói e se... desconstroi.
Gostei muito do JOY. Há pessoas com garra infindável.
Gostei do COMO SER SOLTEIRA. Leve, com humor, com moral... induz a alguma reflexão, sem dúvida.
Revi A CULPA É DAS ESTRELAS. Gosto de rever vfilmes de que gosto.
Sim, e hoje está um serão convidativo ao cinema... mas hoje vou deliciar- me com um livro. Porque sim.
Gosto de sol, embora tenha chovido.
Gosto de cappucino.
Gosto de canecas.
Gosto de canecas novas.
Gosto da nova caneca Black sheep.
Gosto de guiness.
Gosto do verde.
Gosto de azul.
Gosto de cor.
Gosto de saber, de sabor.
Gosto de textura.
Gosto.
Há dias em que nos sentimos pequenos, muito pequenos. Corrijo. Há instantes em que nos sentimos insignificantes.
Sim.
Perante o tamanho do mundo. Perante o Ego dos demais.
Perante nós próprios.
Pequenos.
Há dias em que sentimos que podemos remar muito mas, e dependendo do barco, ou avançamos muito ou não avançamos mais do que um milímetro.
Há dias em que, mesmo não podendo transformar o mal em bem, valeu a pena. Porque mesmo quando nos sentimos menores, continuamos a ser nós mesmos.
O mundo tem dois tipos de pessoas, sempre. Estes e aqueles. Os que gostam e os que não gostam. Os que fazem e os que não fazem. Em tudo: dois lados.
Hoje, ao caminhar pelas ruas, reparo que esses dois lados estão mesmo em todas as circunstâncias, momentos, situações.
Dois tipos de caminhantes, nas ruas desta como de qualquer outra cidade. Sim. Os que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam e os outros. Sim isso. Podes reler. Os que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam e os outros.
Posso tentar dar uma imagem (mas não há nada mais eficiente do que ir para a rua e ver) ou caminhas em frente e quem se cruza contigo contorna-te, desce e sobe passeio, cede passagem, ou és o outro.
Podes não ser sempre o mesmo. Claro que podes. Mas ao mesmo tempo não. Ou és o que cede ou és o que faz ceder. Sim. Na rua. Simplesmente na rua. No simples acto de caminhar.
No mesmo instante ou és um ou outro. Escolhes e és.
Estranho? Não.
Simples. Ou és ou não és. Pelo menos naquele momento.
Uma coisa acho que todos partilhamos: quando somos o outro não achamos piada nenhuma aos
que caminham-em-linha-recta-independentemente-de-com-quem-se-cruzam.
Hoje.
Nem ontem, nem amanhã.
Hoje.
Supostamente o dia principal. Aquele em que temos poder. Aquele em que agimoss, no qual atuamos.
Hoje.
Dia sem nome e sem data ou, se for importante, com nome, data, rótulo. Escolhe o hoje que preferires.
Eu prefiro o Hoje, e luto para não ligar ao rótulo. Mas é uma luta desigual.
Sim, sei que é segunda. Sim sei. Mas nao queria saber.
Preferia concentrar-me que era um Novo Dia, mais um, novo, a estrear.
Queria usufruir dele, como o que uma roupa nova, bonita que se escolheu e se quer estrear com sorriso e um sentimento doce, interno.
Amanhã, que será um novo hoje, vou tentar olha-lo, olhos nos olhos, e espero usufruir dele de forma mais tranquila.
Amanhã, fazes o mesmo?
Amanhã, que seja um novo hoje, com sol, por favor.